Na ocasião, foi homenageado o consagrado maestro e pianista João Carlos Martins e comemorado o 2º ano do IVC
A cerimônia de entrega do 1º PRÊMIO CIDADANIA VIVA aconteceu na última sexta-feira, 4 de setembro, no Parlamundi LBV, em Brasília, e emocionou as mais de 150 pessoas presentes ao premiar as quinze melhores ações sociais de todo o país, entre os 104 projetos inscritos. Na ocasião, também foi comemorado o aniversário do Instituto VIVA CIDADANIA (IVC), e foi homenageado o consagrado maestro e pianista João Carlos Martins.
O evento ainda foi abrilhantado pela participação da Orquestra do Instituto Reciclando Sons, formada por adolescentes e jovens da Cidade Estrutural, uma das áreas mais carentes do Distrito Federal. O grupo utiliza a música como instrumento de educação, ressocialização, geração de renda e inclusão social em uma área erguida sobre o maior depósito de lixo da América Latina.
O 1º Prêmio CIDADANIA VIVA reconheceu projetos que promovem a superação das dificuldades enfrentadas por comunidades carentes, prestigiando ações que incentivam o exercício da cidadania e a melhoria da qualidade de vida de indivíduos e coletividade. Ao todo, foram distribuídos R$ 100 mil em prêmios, além de troféu exclusivo e certificados de participação. A comissão julgadora foi formada por representantes de quatro entidades: Roberta Abreu, do Instituto Bancorbrás; Paulo Eduardo Mendes de Lima, da AFABB/DF; Humberto de Almeida Maciel, da Fundação Banco do Brasil; e Clodoaldo Soares do Nascimento, da FENABB.
Na abertura da premiação, o presidente do Instituto VIVA CIDADANIA, Douglas Scortegagna, saudou os presentes e disse que a festa era consequência do compromisso do Instituto com a cidadania. Comentou, ainda, que os voluntários apoiados colocam literalmente a mão na massa, apesar dos poucos recursos, e conseguem fazer acontecer. Douglas fez questão de dizer que modelos assistencialistas não são apoiados. “A esmola prejudica quem recebe e só alivia a consciência de quem dá”. O presidente do Instituto ainda enfatizou o trabalho espontâneo e incansável dos inscritos na premiação, destacando os ótimos exemplos de criatividade. Segundo ele, “o Instituto VIVA CIDADANIA está sempre pronto para oferecer oportunidade para quem quer ajudar”. Por fim, Douglas agradeceu a comissão julgadora, aos funcionários da ANABB e à própria Associação pela realização brilhante do Prêmio.
Sergio Riede, presidente da ANABB, por sua vez, quis registrar que é obrigação da Associação continuar o trabalho desenvolvido, inserindo-se nesse mutirão de poder fazer alguma coisa pela população carente. “Quando ajudamos quem precisa, não estamos prestando um favor. Estamos cumprindo o nosso dever de cidadãos”, disse ele. Para Riede, a premiação é um símbolo do que pode ser feito para ajudar a quem necessita e oferecer oportunidade para as pessoas utilizarem seus potenciais, desenvolverem um trabalho e andarem sozinhas. O presidente da ANABB quis destacar os projetos ligados à categoria Liberdade Responsável, que foca em pessoas apenadas. “Essas pessoas também merecem uma oportunidade, para elas e para a sociedade. Quando elas se profissionalizam, terão mais condições de serem reinseridas na sociedade”, comentou.
HOMENAGEM
Mantendo a tradição de homenagear um cidadão que faz a diferença e leva o nome do Brasil por onde passa, o maestro e pianista, João Carlos Martins, recebeu o troféu-símbolo do Prêmio Cidadania Viva em homenagem pelo exemplo de vida, automotivação e superação, possuindo uma história marcada por desafios. Participaram da homenagem, o presidente do IVC Douglas Scortegagna, a diretora de Projetos do IVC, Graça Machado e o diretor de Recursos do IVC, Reinaldo Fujimoto.
O maestro, sempre muito atencioso durante todo o evento, em seu discurso, disse que procurou se informar sobre a ANABB e sobre o Instituto VIVA CIDADANIA. Ele disse que percebeu o quanto eles significam para o Brasil em relação a todos os segmentos da sociedade. E brincou: “nunca vi eles cometerem um erro tão grande, convidando este velho chorão para participar deste evento”. João Carlos Martins falou ainda sobre quando renunciou a todos os cachês para instituir a Fundação Bachiana, que desenvolve um trabalho de musicalização para crianças e jovens em cidades do interior e bairros das grandes capitais. “A música venceu o crime”. E ele fez questão de mostrar o quanto se sensibilizou com os trabalhos que estão sendo realizados com aqueles que estão atrás das grades. “Quando você tem obstáculos instransponíveis é preciso ter humildade. E para os transponíveis, tem que ter amor e paixão para vencê-los. A música explica que Deus existe”, finalizou o maestro, que foi aplaudido de pé pelos presentes.
O maestro João Carlos Martins foi responsável também por um dos momentos mais emocionantes da noite, quando, para surpresa de todos, resolveu reger a Orquestra Reciclando Sons em duas músicas. Os jovens nem acreditavam no que estava acontecendo, muito menos a maestrina e regente Rejane Pacheco, responsável pelo Instituto Reciclando Sons. Foi um momento que vai ficar na memória dos componentes da orquestra e de todos os prestigiaram o evento.
PREMIADOS
Após a homenagem, o maestro João Carlos Martins participou da entrega da premiação aos quinze projetos selecionados. Os projetos receberam placas, troféus e certificados, conforme a seguir.
Categoria LIBERDADE RESPONSÁVEL
5º lugar
Projeto “CRESSE – Centro de Referência para Egressos do Sistema Socioeducativo”, executado pela Instituição do Homem Novo, do Rio de Janeiro. Urbano Costa recebeu o troféu e o prêmio de R$ 3.000,00. A Conselheira Deliberativa da ANABB, Ana Lúcia Landin, também participou da entrega desse prêmio.
3º lugar
Projeto “Roda da Inclusão”, executado pela APAE de Vitória da Conquista, da Bahia. Daisy Cristina Rocha Placha recebeu o troféu e o prêmio de R$ 7.000,00. O presidente do Conselho Fiscal do Instituto VIVA CIDADANIA, Cláudio Barbirato, também participou da entrega desse prêmio.
Categoria LIVRE
10º lugar
Projeto “COMVIDA – Ressocializando para a Vida”, executado pela Comunidade Terapêutica Fazenda Vida Nova, de Muriaé, de Minas Gerais. Carlos Henrique da Silva recebeu a placa e o prêmio de R$ 2.000,00. O presidente da AFABB-DF, Arnaldo Fernandes de Menezes, também participou da entrega desse prêmio.
Após a premiação, os representantes dos projetos que ficaram em primeiro lugar nas duas categorias foram convidados a deixar uma mensagem aos presentes.
Fernando de Figueiredo saudou a todos e disse que era motivo de muita alegria receber esse prêmio. “A cooperativa Sonho de Liberdade tem muita dificuldade porque as pessoas não se compadecem dos ex-presidiários”, comentou ele. “A palavra de Deus diz que é melhor uma pessoa salva do que o mundo inteiro perdido”, disse o representante da Cooperativa, que foi premiada pelo projeto “Madeira dos Sonhos”.
O representante da Ação Cidadania Comitê Betinho, José Roberto Vieira Barboza, que ficou em primeiro lugar com o projeto “Águas – Transformando Vidas”, falou que “o nosso padrinho, Betinho, é forte, Coube a nós a honra de levar o seu nome em todos esses anos”. Ele lembrou que foi Betinho quem conseguiu unir a solidariedade com a conquista de políticas públicas. Segundo ele, é dever de todos nós a construção de um mundo melhor. “O prêmio vai se transformar em 11 cisternas que irá beneficiar diversas famílias”, finalizou.
Após a cerimônia, a Orquestra Reciclando Sons fez uma apresentação especial, fechando a noite bem sucedida de entrega do 1º Prêmio CIDADANIA VIVA.
Confira mais informações sobre o Instituto VIVA CIDADANIA e como contribuir para a Entidade, entre no site www.vivacidadania.org.br.