Planeje-se financeiramente e saiba como fazer render seu dinheiro neste fim de ano
Planeje-se financeiramente e saiba como fazer render seu dinheiro neste fim de ano
Multiplicar o 13º salário e ainda abater um valor considerável no Imposto de Renda (IR) é uma oportunidade que muitos participantes do ANABBPrev vão aproveitar neste fim de ano. Para isso, basta utilizar a renda extra e realizar um aporte em previdência complementar. Isso porque, além de constituir reserva financeira, os valores aportados em um plano de previdência podem ser deduzidos da base tributária do Imposto de Renda, limitado a 12% da renda bruta anual. Para obter o abatimento fiscal, é preciso que o participante seja contribuinte do INSS ou aposentado.
Os benefícios são imediatos! Por exemplo, se uma pessoa possui renda bruta anual de R$ 100 mil e contribui para previdência complementar com R$ 12 mil, ela pode abater esses R$ 12 mil de sua base de cálculo do IR. Isso quer dizer que a base de cálculo passa a ser R$ 88 mil e não mais R$ 100 mil. Levando-se em conta que o contribuinte teria de fazer o cálculo do IR pela alíquota de 27,5%, em vez de pagar R$ 21.197,72 de imposto, ele pagará R$ 17.897,72, tendo economia de R$ 3.300,00.
Mesmo que o participante não contribua com valores mensais próximos dos 12% de sua renda, pode aproveitar o 13º para pagar menos Imposto de Renda, ao fazer depósitos extraordinários para a previdência complementar.
Para o especialista em Educação Financeira e conselheiro deliberativo do ANABBPrev, Álvaro Modernell, nem sempre as contribuições mensais são suficientes para criar um volume de reservas que permita manter o mesmo padrão de renda na época de aposentadoria. Assim, cada vez que surge uma renda adicional, como o 13º salário, surge também uma oportunidade para reforçar as reservas por meio de aportes, também chamados de depósitos extras.
Segundo Modernell, é preciso lembrar que o maior benefício da previdência complementar é o incremento das reservas que serão utilizadas para o cálculo dos benefícios futuros. E, quanto maior o tempo, melhor será a perspectiva de rendimento.
No entanto, o especialista ressalta que, para quem faz declaração de Imposto de Renda no modelo Completo, ainda há a possibilidade de ganhos adicionais. Isso porque a legislação prevê que investimento em previdência complementar pode ser deduzido da base tributária até o limite equivalente a 12% da renda bruta anual do contribuinte.
“Na prática, equivale a uma economia tributária de 3,7%. Esse índice passa a ser muito relevante em tempos de taxa Selic de apenas um dígito. Fazendo uma comparação direta com os rendimentos atuais da poupança, para auferir ganho de 3,7%, é preciso deixar o dinheiro investido por quase 10 meses. Em outras palavras, esse benefício tributário passou a ser ainda mais interessante no cenário atual de taxas de juros reduzidos”, explica Modernell.
Aos poucos, as pessoas começam a perceber a importância de investir com visão de longo prazo, incluindo produtos de previdência complementar no orçamento.
Com os avanços da Medicina, a expectativa de vida da população também tem aumentado. No entanto, as reservas previdenciárias convencionais não têm acompanhado essa expectativa na mesma proporção, havendo a necessidade de uma previdência complementar.
Atualmente, o que se vê na Previdência Oficial é o crescimento do número de pessoas e do tempo para aposentadoria e a diminuição do número de contribuintes.
Além disso, Modernell explica que o desejado é que as pessoas passem a buscar mais informações em educação previdenciária. “Espera-se que, com o fortalecimento de cada contribuinte, o sistema também se fortaleça e, assim, os benefícios sejam tanto para as pessoas previdentes e seus familiares quanto para a sociedade”, complementa.
Os aposentados podem pensar que já fizeram sua parte contribuindo para sua previdência. No entanto, conscientes da importância da previdência complementar, cabe a eles repassar isso para os filhos, seja por meio da educação financeira, seja fazendo uma previdência para os familiares. Dessa forma, inicia-se também uma cultura de poupança previdenciária, que visa a um futuro mais seguro, não apenas para sua família, mas para toda a sociedade.
Confira a íntegra da matéria no Jornal Ação 215.