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Assuntos diversos

Em dezembro, total de turistas crescerá 13% nos aeroportos do País

Número é 12% superior à média registrada ao longo deste ano


Em 02.12.2011 às 00:00 Compartilhe:


Mais de 16 milhões de passageiros devem passar pelos aeroportos brasileiros neste mês de dezembro. O número representa um crescimento de 13,6% em relação a dezembro de 2010 e 12% superior à média registrada ao longo deste ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 2, pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero).

E os consumidores já devem ir preparando o bolso neste final de ano. O brasileiro está pagando mais caro para viajar de avião desde outubro deste ano, mas sentiu ainda mais o aumento no mês passado. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o item que apresentou a maior pressão de alta sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no mês passado foi o das passagens aéreas. As passagens registraram alta de 11,93% em novembro ante outubro. Em seguida, vieram as Viagens (excursão), com elevação de 3,01%. Consequentemente, esses itens fizeram com que o Grupo Despesas Pessoais apresentasse a segunda maior alta (1,31%) do IPC, com participação de 25,84%.

"Não é estranho que as passagens aéreas subam nesta época do ano, mas o fato é que os preços começaram a aumentar num período de baixa temporada (em outubro), possivelmente por conta de reestruturação do setor aéreo. Estão subindo fortemente em relação a um mês quando já estavam elevados (em outubro avançaram 8,82%). Não é só reflexo da sazonalidade natural", avaliou o coordenador adjunto do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima.

Segundo ele, a expectativa é de que os preços das passagens aéreas continuem elevados pelo menos até meados de fevereiro. "O que não sabemos é, se no começo do ano que vem, os preços vão voltar para os níveis registrados no primeiro semestre de 2011, quando a concorrência no setor aéreo estava mais forte", disse Costa Lima.

Hoje a Fipe informou que o IPC acelerou para 0,60% em novembro, contra uma alta de 0,39% em outubro. O resultado ficou dentro do previsto pelo instituto e também pelo mercado financeiro, como apontou levantamento feito pelo AE Projeções. As estimativas iam de 0,50% a 0,64%, com mediana de 0,60%.

"De forma geral, o IPC está dentro do que esperávamos, mas está em nível alto. Ainda não podemos afirmar que a inflação está desacelerando, acompanhando os sinais de desaquecimento da economia. Pode ser que esse arrefecimento venha a atingir os preços, mas até agora não houve reflexo sobre os preços", afirmou.

(Com Maria Regina Silva, da Agência Estado)

Fonte: Agência Estado