Normativo é uma reedição da Resolução CGPAR 23 que já foi revogada pelo Congresso Nacional em 2021
Vocês se lembram da Resolução CGPAR nº 23, norma que trazia prejuízos para os planos de saúde das estatais, em especial para a Cassi? Pois é, ela está de volta, porém, agora, como Resolução nº 42. O normativo está no pacote de resoluções publicadas pela Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), no dia 4 de agosto, do Ministério da Economia.
De imediato, a ANABB saiu a campo. Na tarde desta terça (9), a entidade acionou o deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), que é aposentado do BB, apresentando sugestão de Projeto de Decreto Legislativo para sustar a CGPAR 42. A proposição da ANABB já foi protocolada na forma do PDL 313/2022.
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“A CGPAR 42 não inova, na verdade restabelece a Resolução 23, que foi revogada pelo Congresso Nacional por conter ilegalidades e limitações ao benefício de assistência à saúde ofertado aos funcionários das empresas estatais federais e economia mista”, declarou o presidente da ANABB, Augusto Carvalho.
VEJA OS IMPACTOS DA RESOLUÇÃO 42
Hoje, o modelo de custeio da Cassi funciona da seguinte forma: os titulares (funcionários da ativa, aposentados e pensionistas) contribuem com 4% de seu salário e o patrocinador (BB) com 4,5%.
A Resolução CGPAR 42 estabelece, em seu artigo 6º, que a participação das empresas no custeio de planos de saúde não poderá exceder o limite de 50% da despesa. Isso significa que, no caso da Cassi, ou o BB diminui o valor da contribuição para equiparar ao que os funcionários pagam, ou os titulares terão que fazer um aporte maior para igualar com a contribuição patronal.
A nova resolução também veda as empresas estatais de: conceder empréstimo pecuniário, incorporar na remuneração de seus empregados a gratificação de cargo em comissão ou de função gratificada, conceder licença-prêmio e abono assiduidade; conceder férias em período superior a 30 dias por ano trabalhado.
“A ANABB expressa indignação contra essa maldade proposta pelo Governo, em final de mandato e em pleno processo eleitoral”, finaliza o presidente da Associação.