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ANABB

ENTRE A COMÉDIA E O DRAMA: CENAS COTIDIANAS E AGÊNCIAS BANCÁRIAS

Incentivado pelos colegas, o associado Paulo Maurício Guimarães de Andrade publicou livro com histórias vividas e contadas pelos funcionários do BB


Em 08.07.2022 às 10:38 Compartilhe:

De autoria do associado Paulo Maurício Guimarães de Andrade, o livro Pérolas do quotidiano de um bancário (episódios cômicos e/ou dramáticos) traz em suas 174 páginas mais de 100 histórias narradas pelos funcionários do BB, vivenciadas nas dependências do Banco ou em outros locais, mas sempre relacionadas às atividades profissionais.

O resultado é uma coletânea de episódios e fatos às vezes engraçados, às vezes trágicos, por vezes ambos. Mas cuja figura central de enredo permanece sendo a “riquíssima paisagem humana do Banco”, como destaca o autor.

“Não sou, como simples aglutinador dessas estórias, o personagem mais importante. Quando alguém escreve a história de Napoleão, o importante não é o autor da obra, mas sim o biografado. Sem ele não haveria a biografia”, menciona o próprio Paulo Maurício nas páginas iniciais de sua obra.

O autor custeou do bolso as primeiras 150 impressões do livro, distribuídas entre os colegas. Àqueles que faziam questão de ressarcir o valor, Paulo Maurício sugeria que fizessem uma doação à Casa de Ismael, localizada na Asa Norte de Brasília (DF). A entidade atende crianças, jovens e famílias em situação de rua e é mantida por meio do trabalho voluntário dos colegas do Banco.

Aos 88 anos, o autor conta que a ideia de publicar o livro surgiu nos almoços mensais realizados por um grupo de colegas do BB, sendo uma sugestão inicial de Luís Fernando Duarte Siqueira, um dos amigos presentes nesses encontros. “Nós compartilhávamos essas histórias entre nós. Era para ficar mais restrito ao grupo do almoço. Mas o pessoal gostou. É um livro fácil de ler”, comenta.

De fato, o livro é daqueles que não se costuma largar depois que se começa a leitura, dada a fluidez da narrativa e sua organização em histórias curtas e independentes. Segundo o autor, a obra foi pensada como uma homenagem aos colegas que protagonizaram as situações narradas, ainda que seus nomes tenham sido omitidos na maior parte dos relatos – para evitar eventuais constrangimentos.

Natural de Manhuaçu (MG), Paulo Maurício tomou posse no Banco em 1954, aos 20 anos, na Agência Metropolitana da Penha (SP). Também atuou na Agência Central e junto à Direção Geral - Administração do Edifício Sede, no Rio de Janeiro (RJ). Integrou o grupo de funcionários públicos que, em 1960, em virtude da inauguração de Brasília, mudou-se do Rio para a nova capital federal. É testemunha e protagonista, portanto, da história do Distrito Federal.

 

UM POUCO DO LIVRO

Na obra, a primeira história narrada, ainda nas páginas iniciais, é a do sr. Elvino de Paula Andrade, pai de Paulo Maurício e descrito como "um homem de princípios sólidos” que construiu sua carreira com muita luta e empenho nos bancos privados de Belo Horizonte (MG). Aliás, a conduta ética do sr. Elvino fica evidente no relato publicado.

Nas páginas seguintes, vão se sucedendo as demais histórias vividas no BB. Como a do gerente em início de carreira, muito assustado com a figura implacável de um auditor, conforme sua descrição pelos colegas. A situação tem um final inusitado quando o gerente se depara com um visitante bastante nervoso, o qual saca a arma e anuncia: “Isto é um assalto”! (Primeira inspeção).

Outro relato conta a aposentadoria de um administrador vaidoso, que acreditava liderar “um importante e fundamental departamento que se destacava dos demais na estrutura administrativa da Casa” (A frustração do gênio). Há ainda episódios dedicados à função do “fiscal de privada” (Medidas de contenção de gastos) e aos recursos destinados a um projeto agrícola, mas que acabaram desviados a outro tipo de empreendimento muito próspero na região (Melhor que maconha irrigada).

 

ONDE COMPRAR

Paulo Maurício dedicou o livro Pérolas do quotidiano de um bancário (episódios cômicos e/ou dramáticos) à esposa, Neuza Pedretti de Andrade, com quem está casado há mais de 60 anos, aos filhos e aos amigos que colaboraram para o resultado final. A obra pode ser adquirida no site da editora, neste link.

O autor prepara agora outro livro, resultado de uma extensa pesquisa em documentos históricos do Grande Oriente do Brasil, primeira iniciativa maçônica no país de abrangência nacional. Os documentos registram o contexto histórico da declaração de Independência do Brasil.

Entre os pontos abordados no livro, estão a reflexão sobre a participação feminina no movimento maçônico e uma rediscussão das contribuições de José Bonifácio de Andrada e Silva, o primeiro grão-mestre da ordem, para o movimento de Independência.

 

LEIA TAMBÉM

Os associados da ANABB podem divulgar seus textos com histórias vividas no Banco do Brasil. Basta enviá-los para a série Boas Lembranças do BB, por meio do e-mail: vicom@anabb.org.br.

Funcionários aposentados do Banco, colegas que vivenciaram um BB com costumes e tecnologias próprios da época, têm boas histórias para contar. Então compartilhe seu texto com a gente!

Acesse aqui para ler os textos já publicados e obter outras informações.

 

Fonte: Agência ANABB