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ANABB

Riscos para o Previ Futuro

A história poderá se repetir: basta uma olhada na conta de benefícios dos pós-98 que veremos o estrago feito com o auxílio daqueles preocupados apenas com suas aposentadorias milionárias


Em 19.04.2022 às 16:03 Compartilhe:

Nossa Caixa de Previdência administra dois grandes planos de aposentadoria, o chamado Plano 1, de benefício definido, e o Plano Previ Futuro, para os participantes admitidos pela patrocinadora a partir de 1998 pelo regime de contribuição definida. Em todo o mundo, os  planos de benefícios definidos estão sendo descartados e prevalecem os planos de contribuição definida. Tudo em nome do distanciamento que os patrocinadores querem dos grupamentos de aposentados. No caso da contribuição definida, a responsabilidade do Banco do Brasil acaba com o fim do período laboral. Aposentou, acabou.

Ainda em linha com o desejo de diminuir seus compromissos previdenciários, o Banco do Brasil limita sua participação na formação das reservas dos chamados pós-98. Se estes não ficarem atentos, perdem muitas oportunidades de ampliar as reservas ao longo da carreira. Muitas são as verbas recebidas que não estão, automaticamente, afetadas pela contribuição do patrocinador. Os limites de contribuição também estão previstos no próprio plano e na lei, em que apenas 12% das receitas estão sujeitas ao benefício da isenção do Imposto de Renda.

A ANABB sempre esteve na vanguarda da luta para ajudar os colegas pós-98 a melhorar suas reservas, orientando-os sobre possibilidades que acabam ficando fora da percepção desses colegas, atolados em tarefas do dia a dia e correndo atrás do cumprimento de metas, a fim de melhorar o resultado do Banco, sem que isso traga vantagens para seus futuros benefícios de aposentadoria. Poucos sabem que, se continuarem contribuindo apenas com o básico, sua aposentadoria será de pouco mais da metade do que ganham hoje. Nesta edição do jornal Ação há exemplos de como melhorar suas reservas ao longo da vida laboral para garantia de uma aposentadoria digna. Veja o encarte CHEGA DE APARELHAMENTO nas páginas 16 e 17.

Outro aspecto muito importante é a gestão dos sofridos recursos aportados na Previ pelos colegas pós-98. Estes estão sendo tratados de forma leviana e irresponsável. Até mesmo malfeitos comprovados levaram uma bela parte das reservas dos participantes do Previ Futuro. Até mesmo a tal da “Sete Brasil”, que habita as páginas policiais dos veículos de comunicação, protegida por dirigentes de outros fundos de pensão, em que o governo e os representantes de trabalhadores estiveram sempre do mesmo lado, acabou levando parte das reservas do Previ Futuro. Esse risco está mais do que presente na Previ, pois a história poderá se repetir caso a Chapa da Situação seja renovada integralmente, como propõe o movimento sindical.

Quanto aos resultados negativos na gestão dos recursos, basta uma olhada na conta de benefícios desses colegas pós-98 que veremos o estrago feito com auxílio daqueles preocupados apenas com suas aposentadorias milionárias. É preciso ter mais cuidado com as informações recebidas dos militantes sindicais, que em sua ampla maioria nem são colegas do Banco do Brasil. Estão sempre muito mais a serviço de uma causa ou de um partido político do que preocupados com os trabalhadores.

Uma velha máxima, desde os tempos dos bisavós, ensina-nos que não devemos colocar todos os ovos na mesma cesta. Nesse caso, mais do que isso, não podemos colocar um “bode para tomar conta” de nossa única horta. O prejuízo pode ser para a vida inteira. Leiam os depoimentos de trabalhadores de outros fundos de pensão nesta edição do jornal Ação. As reservas dos participantes do regime de contribuição definida não podem ser cobertas por artimanhas contábeis, o prejuízo de hoje prevalecerá para todo o sempre. Pense bem antes de assinar um cheque em branco para um único pensamento político-partidário. Seu futuro e o de sua família estão em jogo.

Olhe seu extrato e mude o destino de suas reservas. A ANABB sempre esteve ao lado dos participantes da Previ e distante dos malfeitos governistas de plantão. Desde sua fundação, a Associação tem enfrentado os governos que estiveram de olho no patrimônio de seus associados. Mesmo no período em que a ANABB esteve sob controle dos sindicalistas e da Fenabb – de 2012 a 2021 –, os atuais dirigentes, então minoria, jamais deixaram de lutar, procurando apoio na Justiça e nos órgãos de controle da Previdência Complementar. Precisamos de uma PREVI PLURAL APARTIDÁRIA!

Fonte: Agência ANABB