Não podemos aceitar um fundo de pensão que não reflita para os associados seu desempenho econômico
Desde 2008, a ANABB vem se posicionando sobre temas de interesse dos associados. Um deles é a luta contra as aposentadorias milionárias, que sempre incomodou os dirigentes da Previ.
Até 2011, os eleitos pela ANABB para ocupar os conselhos da Previ conseguiam manter o combate e denunciar as irregularidades, ainda que tivessem que enfrentar a máquina e serem ameaçados por processo disciplinar. Entretanto, a partir de 2012, quando sindicalistas entraram na Previ, essa luta por transparência nas ações foi enfraquecida. A Previ de posicionamento equilibrado foi substituída por uma Previ de pensamento único, com eleitos e indicados comungando dos mesmos interesses político-partidários.
Quem perdeu essa batalha? Claro que foram os associados, que deixaram de ter uma representação legítima que aventava contra os malfeitos. É importante lembrar que de 1998 a 2011, quando os eleitos pelos associados tinham compromisso com o funcionalismo e eram apoiados pela ANABB, a atuação atenta dos representantes garantiu à Previ a preservação dos resultados superavitários e até a distribuição de benefícios temporários, ao contrário do que ocorreu com Postalis (dos funcionários dos Correios), Funcef (dos funcionários da Caixa) e Petros (dos funcionários da Petrobras), que acumularam prejuízos milionários.
VAMOS VIRAR O JOGO
Os associados da Previ precisam refletir sobre a escolha dos representantes que estão na gestão de suas entidades. Esse é o momento de virar o jogo.
As políticas de governo devem ser separadas das lutas dos trabalhadores. No caso da Previ, os eleitos de hoje estão criando uma situação confortável para o patrocinador.
O imenso patrimônio da Previ sempre foi muito cobiçado. Os governos de vários partidos buscam interferir na Caixa de Previdência, desviando-a de sua missão principal, que é complementar a aposentadoria dos funcionários da ativa e aposentados do BB. A Previ tornou-se um instrumento privilegiado de reprodução do capital portador de juros, fazendo a festa de acionistas das empresas em que ela tem participação, em detrimento dos interesses dos associados.
Muitos utilizam até mesmo o Código de Ética para impedir que eleitos informem aos participantes o que acontece na instituição. CHAMAMOS ISSO DE MORDAÇA.
Precisamos resgatar o equilíbrio nos posicionamentos de nossos representantes. O funcionalismo do BB é formador de opinião e está atento à atuação de seus representantes. Não podemos aceitar um fundo de pensão que não reflita para os associados seu desempenho econômico e que postergue, ano após ano, a solução para seus desequilíbrios.
Precisamos do seu apoio
A Previ que construímos é fruto de sementes plantadas por anos de suor e trabalho duro. É a garantia de uma aposentadoria melhor e de realizações de projetos tão sonhados. Por isso, não podemos admitir que ela seja contaminada por interesses de governos ou de grupos políticos. Quando permitimos que a Previ seja dominada por um pensamento único, nos tornamos vulneráveis a “esquemas” que secam as nossas reservas, criando prejuízos milionários que todos nós teremos que arcar. Precisamos de pessoas independentes na gestão das nossas entidades, qualificadas e com pensamentos plurais e livres, que possam cultivar e zelar pelo nosso patrimônio, conquistado com esforços de uma vida inteira.