A Diretoria Executiva se reuniu com representantes da Fundação Amazônia Sustentável para debater iniciativas em prol das questões ambientais
Meio ambiente e sustentabilidade, dois temas que estão na ordem do dia das discussões no Brasil e no mundo, e que também entraram na pauta da ANABB. Nesta segunda-feira (20/9), a Diretoria Executiva se reuniu com representantes da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) para debater iniciativas e contribuições que a Associação e os associados podem dar nas questões ambientais, climáticas e sociais.
Participaram da reunião, o presidente do Conselho Deliberativo da ANABB, Cláudio Zucco, o presidente da Associação, Augusto Carvalho, e os vice-presidentes Nilton Brunelli e Lissane Holanda. Representando a Fundação estiveram o presidente do Conselho de Administração da FAS, Benjamin Sicsú, o superintendente geral, Virgílio Viana, e o chefe das Relações Institucionais, Carlos Bueno.
A FAS é maior organização da sociedade civil que luta pela Amazônia e tem sido mundialmente conhecida pelas ações em favor da valorização e conservação da floresta no País. No encontro, a ANABB conheceu ações realizadas pela Fundação e projetos que podem ser pauta de atuação da ANABB junto ao Banco do Brasil, associados e funcionários do BB.
Para o presidente da ANABB, que durante seu último mandato de deputado federal presidiu a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, o Brasil possui compromissos com o meio ambiente e essa não é uma questão de governo e ou de apenas alguns países. “A carbonização do planeta é um problema humanitário que cria consequências sociais terríveis para a sociedade, como fenômenos de inundações, tsunamis, secas severas, chuvas sem controle. Por isso, nossa preocupação sobre como a ANABB pode atuar e discutir para que
tenhamos uma sociedade mais equilibrada ambientalmente”, ressaltou Augusto Carvalho.
Reunião entre a ANABB e a Fundação Amazônia Sustentável por videoconferência
SITUAÇÃO DE COLAPSO
Dados apresentados pela Fundação Amazônia Sustentável mostram a necessidade de que mudanças profundas aconteçam na economia, nos padrões de consumo e nos sistemas de produção para reduzir, por exemplo, a emissão de carbono na atmosfera.
De acordo com o superintendente da FAS, somente com a união de todos será possível salvar a Amazônia. “A floresta é estratégica para o Brasil e para o planeta por diversos fatores, o principal deles é em razão do fluxo de umidade que abastece a região Centro-Sul do Brasil. Já vivemos um cenário de seca aguda e imagine como será com o colapso ecológico da Amazônia . Precisamos atuar na questão climática e na parte social da região, que registra nível de pobreza superior à média nacional”, afirmou Virgílio.
Na reunião, os representantes da FAS divulgaram evidências que permitem afirmar que as mudanças climáticas começam a influenciar os ecossistemas da Amazônia e trazem preocupação internacional. “Tivemos a maior cheia da história da Amazônia em 2021, associada ao aumento relevante do garimpo de ouro com impactos para a população indígena”, confirmou o superintendente.
PRIMEIROS PASSOS DA ANABB
A reunião entre a ANABB e a Fundação Amazônia Sustentável foi bastante produtiva, já que a organização tem expertise em projetos sociais e ambientais e pode contribuir, em parceria com a Associação, para a construção de estratégias e de uma atuação positiva.
A FAS realiza inúmeros programas nas áreas de sustentabilidade, contando com o apoio da ONU e de empresas nacionais e internacionais. Além do desenvolvimento de trabalhos no âmbito de políticas públicas, a Fundação fomenta projetos de saúde, educação, empoderamento, economia, geração de renda, infraestrutura comunitária, conservação ambiental e inovação nas comunidades ribeirinhas, com a população local e os indígenas.
Entre os projetos apresentados, a ANABB vislumbrou possibilidades de trabalho em parceria com a Fundação Banco do Brasil e o próprio Banco do Brasil, uma vez que temas relacionados a sustentabilidade, as questões ambientais, sociais e de governança e a prática da ASG (sigla para Ambiental, Social e Governança) fazem parte da Agenda 30 do BB. Há oportunidades para investimentos, capacitação de altos executivos, projetos sociais e até doações e trabalho voluntário por parte dos associados e funcionários do Banco.
A ANABB acredita que a temática também interessa ao Banco do Brasil, que divulgou recentemente 10 compromissos da instituição com a sustentabilidade, mostrando alinhamento com as práticas de transição para uma economia de baixo carbono e uma gestão voltada para os recursos naturais, respeito aos direitos humanos e geração de valor para os clientes.