“Os desdobramentos de uma crise política não podem comprometer a perenidade de um dos maiores fundos de pensão do país”, defende o presidente da entidade
A ANABB manifesta preocupação com a possibilidade de ingerência política na gestão da Previ. Nesta terça-feira (25), a renúncia do presidente da Caixa de Previdência, José Maurício, dias depois de uma troca no comando da Funcef, acende um sinal de alerta para os fundos de pensão.
O presidente da ANABB, Augusto Carvalho, defende que a governança da entidade deve ser pautada fundamentalmente por uma gestão técnica, e que os desdobramentos de uma crise política não podem comprometer a perenidade de um dos maiores fundos de pensão do país.
“Temos preocupação e a esperança que a pessoa que venha substituir o então presidente José Maurício tenha compromisso com os participantes e com a perenidade de um fundo de pensão que paga benefícios para milhares de aposentados e pensionistas. Por isso, esperamos que a troca no comando da Previ seja uma mera adaptação de estilo”, afirma Augusto Carvalho.
O dirigente da ANABB ressalta que possíveis mudanças no comando da Previ são compreensíveis, tendo em vista a recente troca na presidência do BB. Para ele, esse processo faz parte da liturgia do cargo, mas não pode representar uma moeda de troca. “A Previ administra recursos bilionários que são peças importantes para a economia”.
Augusto Carvalho reforça também que para ser presidente da Previ é necessário ser funcionário do Banco do Brasil. “É difícil imaginar que um funcionário de carreira ‘vista a camisa’ de determinado partido político. É cultura do funcionário do BB cultivar os valores de ética, eficiência e o Banco sempre foi uma escola de carreiras e administração”, destaca.