Valorização dos funcionários da ativa: veja novo posicionamento da ANABB

Veja posicionamento da ANABB sobre a redução de funcionários do BB e o fechamento de agências no exterior

Compartilhe:

A ANABB, no papel de entidade representativa de funcionários da ativa e aposentados, manifesta preocupação sobre dois fatos recentes que podem acarretar a desvalorização de um dos ativos mais importantes que o BB possui: seu corpo funcional.

A primeira situação refere-se à nova determinação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), pasta subordinada ao Ministério da Economia, que, novamente, reduziu a quantidade de funcionários que o Banco do Brasil pode ter em seu quadro de pessoal.  Essa é a segunda vez, apenas em 2020, que o BB sofre redução na quantidade de funcionários.  

O outro fato, recém-divulgado pela imprensa, diz respeito ao fechamento de escritórios do Banco do Brasil em importantes países da Europa. Há registros de que agências estão sendo fechadas em Milão, Madri, Paris, Lisboa e Viena, locais que são importantes para o comércio internacional e reforçam a marca do BB no continente.
 

LIMITE DE FUNCIONÁRIOS

A publicação da Portaria SEST/ME Nº 23.352  aconteceu no dia 10 de novembro e promoveu a extinção de mais 2.300 cargos no Banco do Brasil.  A nova norma fixou que o Banco pode ter no máximo 100.343 vagas para colaboradores.  O limite anteriormente previsto era de 102.681 colaboradores, fixado pela Portaria nº 8.775, de abril de 30/3/2020.

Porém, ao ampliar a comparação a partir de 2019, nota-se que a redução de vagas no Banco do Brasil foi ainda mais drástica. Em novembro do ano passado, o limite previsto era de 105.774 pessoas.  Isso significa que em um ano, cerca de 5.500 vagas foram fechadas no Banco do Brasil.

A ANABB questionou a Sest sobre quais critérios são utilizados para a o estabelecimento de limites e foi informada que:  a publicação da Portaria SEST/ME nº 23.352, de 10.11.2020, decorreu dos desligamentos promovidos por meio da execução do PDV proposto pelo BB e aprovado pela Sest, cuja implementação pela gestão da empresa ocorreu a partir de julho/2019. 

A secretaria não deu mais esclarecimentos e argumentou que ao promover ajustes no quadro de funcionários das estatais e aprovar programas de desligamento está cumprindo com suas competências legais.  A medida anunciada pelo Governo envolve empregados efetivos, comissionados, temporários, cedidos ou disponibilizados para outros órgãos, entre outros.
 

AGÊNCIAS FECHADAS NO EXTERIOR

Uma das lutas da ANABB é pela defesa do BB e pela valorização dos funcionários. O posicionamento do presidente anterior do Banco ia de encontro a essas premissas, o que levou a ANABB a uma postura de combate. Uma das muitas atitudes erradas, a nosso ver, iniciadas na gestão passada, foi o processo de fechamento de agências no exterior.

A ANABB entende que o BB tem força no comércio exterior e que é estratégico para uma atuação global. A história do BB pelo mundo tem passagens até pela 2ª Guerra Mundial. A Força Expedicionária Brasileira que foi lutar na Itália contra o fascismo contava com unidades de engenharia, saúde e até com funcionários do Banco do Brasil, responsáveis pelo pagamento dos soldos da tropa em terras estrangeiras. Muitas guerras depois, o Banco do Brasil é o principal aliado do País nas batalhas atuais.

Os funcionários do BB vestem a camisa do País lá fora. Com atuação em mais de 100 países, por meio de agências próprias e bancos correspondentes, o BB é o principal parceiro para atuar no mercado internacional, com linhas de crédito para empresas brasileiras.

Por isso, a ANABB defende que o Banco deve aumentar sua participação no comércio internacional e não diminuir por meio do fechamento de escritórios. É prioridade que os funcionários do Banco do Brasil possam, cada vez mais, se especializar em negócios que alavanquem a exportação. A acirrada competição global por mercados tem gerado inúmeras disputas e até mesmo crises diplomáticas. Esse cenário requer reforçar o papel do Banco.