Se comparado com o resultado do 2º trimestre, o lucro foi 3,9% menor
O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira, 5 de novembro, o resultado do terceiro trimestre de 2020. A instituição registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,5 bilhões, o que representou aumento de 5,2% em relação ao trimestre anterior, mas queda de 23,3% em relação ao mesmo período de 2019.
Mesmo com o lucro decrescente no trimestre, a geração de negócios permaneceu forte. O resultado estrutural, que não sofre os efeitos das provisões, apresentou crescimento, quando comparado aos mesmos períodos do ano anterior, de 5,3% no trimestre, encerrando em R$ 10,8 bilhões, e de 9,5% na visão acumulada de nove meses, com R$ 32,8 bilhões. Influenciaram essa performance o crescimento da carteira de crédito e o controle de despesas.
A carteira de crédito teve expansão de 6,4% nos últimos 12 meses, chegando a R$ 730,945 bilhões. As receitas com prestação de serviços seguiram pressionadas pelo cenário econômico, porém, segmentos bastante representativos para o resultado do Banco apresentaram crescimento significativo. Em 12 meses, as receitas com seguros, previdência e capitalização cresceram 11,2% no trimestre.
O BB gerou retorno sobre o patrimônio líquido (mercado) de 12% no terceiro trimestre, ante 11,9% no segundo trimestre, e 18% no mesmo período do ano anterior. O índice de Basileia subiu para 21,21%.
Em comparação ao terceiro trimestre de 2019, o lucro atual foi influenciado pelo crescimento de 40,5% nas provisões para créditos de liquidação (que inclui as provisões de crédito, recuperação de crédito, perdas por imparidade e descontos concedidos). Na comparação com o trimestre anterior, as provisões recuaram 6,8%. No acumulado do ano, a PCLD chegou a R$ 16,9 bilhões, uma elevação de 47,9% sobre o mesmo período do ano passado.
Diante das incertezas econômicas provocadas pela pandemia, o banco constituiu, de forma conservadora, antecipação prudencial de provisões de crédito, em um valor de R$ 2 bilhões neste trimestre, ainda que o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) em setembro tenha caído em relação ao trimestre anterior e se situado em 2,43%. No acumulado em 9 meses, as antecipações prudenciais de provisões totalizaram R$ 6,1 bilhões.
MUDANÇAS NA GOVERNANÇA DO BB
Nesta quarta-feira (4/11), o Banco do Brasil comunicou ao mercado, algumas mudanças na governança. O vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Tecnologia, Fábio Barbosa renunciou ao cargo para assumir uma cadeira no Conselho de Administração do BB.
Passa a comandar a vice-presidência, o funcionário de carreira do Banco, Gustavo de Souza Fosse, que anteriormente ocupava o cargo de Diretor de Tecnologia. Vaga agora ocupada pela ex-gerente geral de Desenvolvimento de Soluções de TI, Santuza Bretas de Almeida.