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Banco do Brasil

Privatizações são temas divergentes no governo

A ANABB vem trabalhando para defender as empresas do conglomerado do BB por meio de articulações com os parlamentares


Em 13.08.2020 às 16:04 Compartilhe:

Privatizações são tema divergente no governo

Nesta terça-feira, 11 de agosto, mesmo dia em que a ANABB divulgou uma carta em defesa do Banco do Brasil mostrando que sua atuação tem importante interesse coletivo, foi anunciada a saída de Salim Mattar da Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento.

Clique aqui e veja: Banco do Brasil possui importante interesse coletivo

A imprensa vem repercutindo que o executivo deixou o cargo por estar insatisfeito com o andamento dos projetos. Como já foi amplamente divulgado, Salim Mattar é executivo do mercado, dono da empresa Localiza e defensor da privatização, inclusive do Banco do Brasil. Em diversos discursos, sempre afirmou que se pudesse venderia todas as estatais. Já usou palavras bem pejorativas para se referir ao Banco do Brasil, afirmando inclusive, logo que entrou no cargo, que preservaria o BB, tornando-o mais “magrinho".

Em recente entrevista, Salim Mattar destacou que a orientação do presidente da República era a de que o Banco do Brasil não será vendido, mas seguiu defendendo a venda de empresas do conglomerado BB, mesmo essas sendo modernas, lucrativas e bem posicionadas no mercado, como as de cartão de crédito, seguridade e gestão de ativos, por exemplo.  O ministro Paulo Guedes, de quem Salim Mattar era muito próximo, também afirmou que pretendia vender pelo menos quatro estatais, entre elas o BB. 

O fato é que existe uma nítida divergência de opiniões sobre o assunto no alto escalão do governo. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2019, que as privatizações das empresas "mães" devem ser aprovadas pelo Congresso Nacional. No entanto, a ANABB vem trabalhando para defender as empresas do conglomerado do BB por meio de articulações com os parlamentares para que seja proibida a privatização do Banco, bem como de suas subsidiárias sem o aval do legislativo. Vale lembrar que as subsidiárias do BB são elementos centrais que garantem competitividade ao Banco do Brasil.


POSICIONAMENTO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

A ANABB ainda não recebeu resposta oficial da carta enviada no dia 5 de agosto ao Presidente da República em que pede que Jair Bolsonaro afaste, de forma definitiva, a agenda de privatização do Banco do Brasil, um patrimônio de todos os brasileiros. 

Clique aqui e veja: ANABB conclama que Presidente da República afaste a agenda de privatização do Banco do Brasil

No entanto, o Presidente da República divulgou nota nas redes sociais em que fala das privatizações de forma ampla, sem fazer alusão a questões relacionadas ao BB.  De acordo com Bolsonaro, “o Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada. Privatizar está longe de ser, simplesmente, pegar uma estatal e colocá-la numa prateleira para aquele que der mais "levá-la para casa".

Fonte: Agência ANABB