Importantes temas estão sendo discutidos nesta semana
A Campanha Nacional dos Bancários tem uma agenda intensa, nesta semana, com negociações de importantes temas entre o Comando Nacional dos Bancários e os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na terça-feira (11/08), foi discutida a saúde e condições de trabalho, porém, não foi muito favorável para a categoria. Na quinta-feira (13/8), serão tratadas questões ligadas à igualdade de oportunidades.
Saúde e condições de trabalho, tema debatido na mesa de negociações de terça-feira, é uma das prioridades da categoria para a Campanha Nacional 2020. Metas abusivas, assédio moral, saúde e condições de trabalho no teletrabalho e não ter perdas quando afastados foram os pontos debatidos na área da saúde.
Os bancários repercutiram os dados da recente pesquisa feita com mais de 30 mil bancários e apresentaram propostas sobre o tema. Mesmo diante das informações de que a maioria dos entrevistados acaba adoecendo diante de metas abusivas, com relatos de cansaço, fadiga e crise de ansiedade, os representantes dos bancos se mostraram pouco dispostos a aceitar as propostas. Além disso, preferiram não criar uma regra específica sobre o teletrabalho para bancários que convivem com parentes em grupos de risco.
A Fenaban, por sua vez, propôs alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que na prática representam retirada de direitos. A primeira foi reduzir de 120 para 90 dias o pagamento de benefício emergencial de salário pelos bancos para os funcionários. Neste tempo, os colegas recorrem de alta indevida pelo INSS. Além disso, fizeram a proposta da volta do rankeamento dos trabalhadores, com a divulgação dos melhores funcionários, o que é proibido na CCT por causar constrangimento.
Já os representantes dos bancos propuseram mudar a cláusula que regula a complementação salarial, em caso do afastamento para tratamento, quando o benefício é menor que o salário. Com a regra atual permitindo o funcionário a ter a complementação por 24 meses, a Fenaban sugere uma carência de 12 meses entre um afastamento e outro.
A única reivindicação cuja possibilidade de negociação ficou aberta foi o retorno ao trabalho. O Comando denunciou que os bancos estão convocando os bancários em home office sem negociação prévia e sem debate sobre as condições sanitárias. A Fenaban se comprometeu a analisar o ponto antes de apresentar uma resposta.
A rodada de negociação continua nesta quinta-feira (13/8), onde serão discutidas questões ligadas a igualdade de oportunidades. A reunião começa às 11h. Já a reunião específica com o Banco do Brasil acontece na sexta-feira (14/8).