O mercado, é claro, reagiu positivamente, porque reconhece a importância do Banco, seu legado e tem grande interesse em administrar todos os negócios conduzidos por ele
Os associados que acompanham a bolsa de valores devem ter notado que as ações do Banco do Brasil fecharam em alta de mais de 10% na última segunda-feira, 25/5. O fato é reflexo do vídeo sobre a reunião ministerial de 22 de abril, em que o ministro Paulo Guedes manifesta intenção em privatizar o BB. O mercado, é claro, reagiu positivamente, porque reconhece a importância do Banco, seu legado e tem grande interesse em administrar todos os negócios conduzidos por ele. E é por isso que a ANABB vem lutando contra a tentativa de desmonte da instituição, já que os investidores teriam acesso a um dos mais rentáveis ativos do Tesouro Nacional.
O sistema privado se animou com a possibilidade de ganhar mais mercado utilizando a expertise de um banco público que acumula mais de 20 anos de lucros sucessivos e crescentes, investe significativamente em tecnologia, tem corpo de funcionários de alto nível e capilaridade, que nenhum privado consegue alcançar: o BB está presente em 99,3% do território brasileiro.
Além disso, os privados querem acesso à valiosa carteira de crédito construída com muito orgulho pelo Banco do Brasil e seus funcionários. O BB é considerado o principal financiador do desenvolvimento nacional, responsável por 60% do crédito à agricultura e aos micro e pequenos empreendedores, atuando com muita força junto à pequena produção e agricultura familiar.
Também desejam adquirir o Banco mais sustentável do mundo, que fomenta projetos de inclusão sócio produtiva, beneficiando 100 mil pessoas em situação de vulnerabilidade.
MOMENTOS DE CRISE
A atuação do BB comprova que uma sociedade como a brasileira precisa ter um sistema fortalecido de bancos públicos, porque são eles que dão o suporte que a população precisa. Enquanto a sociedade enfrenta a pandemia causada pelo covid-19, são instituições, como o Banco do Brasil, que garantem o fomento às atividades econômicas e buscam diminuir os efeitos financeiros da crise.
Nos últimos meses, por exemplo, para enfrentar a crise, o Banco do Brasil anunciou reforço de suas linhas de crédito, contribuindo para que micros e pequenas empresas, os setores mais atingidos pela retração da atividade econômica, pudessem sobreviver.
Ainda assim, diante dessa crise, o BB fechou o mês de março com patrimônio líquido de R$ 112,315 bilhões, ou seja, 6,9% maior em um ano. Em relação aos três meses anteriores subiu 3,5%. Em ativos totais, o BB alcançou R$ 1,580 trilhão em ativos, aumento de 4,2% em um ano, impulsionado pelo aumento do crédito em meio à crise da covid-19. Comparado ao trimestre imediatamente anterior, apresentou elevação de 7,6%.
Para o presidente da ANABB, Reinaldo Fujimoto, o sistema financeiro privado está de olho na privatização de bancos públicos, pois é a única forma deles ganharem maior participação de mercado. “Sabemos que mais da metade do crédito do agronegócio e micro e pequenas empresas pertence ao BB, que o oferece com taxas de juros mais baixas. Se esses ativos forem para o mercado, os privados ganham um espaço muito lucrativo”.
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