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Banco do Brasil

Relevância dos bancos públicos é acentuada em momentos de crise

Instituições oferecem crédito para empresas, agronegócio, administração pública e pessoas, buscando reduzir os efeitos da pandemia do novo coronavírus


Em 22.04.2020 às 16:49 Compartilhe:

Os bancos públicos têm atuação histórica em prol do desenvolvimento nacional. Em momentos de crise, a relevância dessas instituições fica ainda mais evidente. Enquanto a sociedade enfrenta a pandemia causada pelo novo coronavírus, são instituições como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de vários outros bancos regionais e estaduais, que garantem o fomento às atividades econômicas e buscam diminuir os efeitos financeiros da crise.

O Banco do Brasil, por exemplo, anunciou nos últimos dias o reforço de suas linhas de crédito com R$ 100 bilhões. Deste total, R$ 48 bilhões estão disponíveis para empresas de todos os portes. Em 30 dias, foram atendidas mais de 91 mil micros e pequenas empresas com os recursos disponibilizados, notadamente para antecipação de recebíveis. O pagamento dos atuais empréstimos também foi facilitado, com a suspensão de parcelas. Além disso, as novas operações foram reajustadas com alíquota zero de IOF entre abril e julho.

Entre médias e grandes empresas, as linhas de capital de giro contemplam principalmente os setores mais atingidos pela retração da atividade econômica, enquanto as linhas de investimentos beneficiam principalmente empresas que buscam ampliar a atividade produtiva para atender ao aumento imediato da demanda, casos da produção de itens de higiene, de álcool em gel, equipamentos de proteção individual e equipamentos hospitalares.

O Banco do Brasil também está disponibilizando R$ 25 bilhões para o agronegócio, incluindo financiamento da produção, linhas de crédito para comercialização e novos investimentos. Outros R$ 24 bilhões estão disponíveis para linhas de crédito pessoal (crédito consignado, crédito salário e crédito automático), até o limite aprovado para cada cliente – foram ampliados os limites de crédito de 13 milhões de clientes pessoas físicas –, enquanto que R$ 3 bilhões estão ofertados a prefeituras e governos estaduais para aquisição de insumos e realização de obras na área de saúde.

MANUTENÇÃO DE EMPREGOS 

A Caixa Econômica Federal também está oferecendo uma linha de crédito emergencial para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões, destinada a manter as folhas de pagamento em dia – os recursos são depositados diretamente nas contas dos empregados. O financiamento poderá ser pago em 36 meses, com carência de seis meses e taxa de juros de 3,75% ao ano. Já o BNDES criou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, com a oferta de R$ 40 bilhões em crédito para o financiamento da folha de pagamento de pequenas e médias empresas.  Do total de recursos, R$ 34 bilhões são oriundos do Tesouro Nacional e R$ 6 bilhões dos bancos de varejo.

RECONHECIMENTO DA ATUAÇÃO 

Em entrevista publicada no último dia 20/4 pelo jornal Valor Econômico, Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES, reconheceu a atuação de bancos públicos em crises, como a criada pelo novo coronavírus. “Uma economia tão insegura e cheia de problemas como a brasileira precisa de um sistema de bancos públicos eficiente, porque numa crise como a atual o sistema bancário do mundo todo se tranca, e é da natureza dele fazer isso”, afirmou ele. “Na hora do aperto são os bancos públicos que respondem ao que a sociedade precisa”, complementou.

Fonte: Agência ANABB