O desejo é que nossos dirigentes assumam a responsabilidade que lhes cabe, valorizando o ser humano, principal suporte dessa máquina chamada economia
Considerando o momento extremamente adverso que o mundo está vivendo, a ANABB manifesta seu posicionamento sobre a declaração do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, divulgada recentemente pela mídia, a respeito da pandemia do Covid-19.
Disse Rubem Novaes: "muita bobagem é feita e dita, inclusive por economistas, por julgarem que a vida tem valor infinito. O vírus tem que ser balanceado com a atividade econômica".
A ANABB entende que os impactos dessa doença são inéditos e, a nosso ver, essa foi mais uma lamentável declaração do presidente do Banco do Brasil que, parece, não avaliou o risco de expor seus funcionários e clientes.
Ainda que a ciência esteja desempenhando um papel importantíssimo nas descobertas sobre o coronavírus, nós, como cidadãos, estamos confusos e continuamos tateando sobre esse vírus que vem provocando a morte de milhares de pessoas. O ineditismo traz apreensão, incertezas e retrações, que são totalmente compreensíveis.
Nesse momento, a prioridade é proteger os seres humanos e isso não representa uma mudança no significado da vida, nem a torna mais ou menos finita. A situação é temporária e vai passar.
O mundo todo já sabe que o isolamento social é a chave da questão. Protegendo vidas, agora, poderemos evitar um colapso maior para a nação. É óbvio que as atividades econômicas são importantes e ninguém acredita ser possível viver um isolamento prolongado. Porém, o momento pede equilíbrio e bom senso e, é claro, voltaremos à normalidade.
Por isso, senhor presidente Rubem Novaes, o que queremos é que nossos dirigentes assumam a responsabilidade que lhes cabe, valorizando o ser humano, principal suporte dessa máquina chamada economia.
Nosso desejo é que o vírus se adeque às atividades econômicas, como o senhor mesmo disse, mas sem dizimar famílias.
As atividades econômicas vão retomar, porque os brasileiros são acostumados a dar o suor pela nação. O Banco do Brasil vai continuar sendo um dos maiores bancos do mundo, porque possui um corpo de funcionários que é o motor que impulsiona o crescimento dessa instituição bicentenária.
Quando tudo isso passar, vai ficar a certeza de que somos uma sociedade justa, que defende seu maior bem: a população.
Assinam essa nota:
Reinaldo Fujimoto
Presidente
Graça Machado
Vice-presidente
Haroldo do Rosário Vieira
Vice-presidente